Nome Científico: Araucaria angustifólia
Nomes Populares: Araucária – Pinheiro do Paraná
Família: Araucariaceae
Clima: Tropical de altitude.
Origem: América do Sul.
Altura: Mais de 30 metros.
História: A história evolutiva das araucárias se entrelaça com a própria evolução dos vegetais, há milhões de anos atrás, quando as plantas passaram a dominar a superfície do planeta. No final da era Paleozoica, os vestígios indicam que as plantas gimnospermas passaram a ocupar gradativamente as áreas continentais do planeta. A família Araucariaceae é considerada a família de coníferas mais antiga ainda existente, com início de desenvolvimento marcado após a extinção do Permiano-Triássico, entre as eras Paleozoica e Mesozoica, há cerca de 251 milhões de anos atrás.
Atualmente a família Araucariaceae está distribuída no Hemisfério Sul, nas regiões da Nova Caledônia, Nova Guiné, Austrália, Nova Zelândia e América do Sul. As coníferas possuem uma distribuição dominantemente austral, com a maior parte de seus representantes vivendo em florestas úmidas de clima mesotérmico subtropical ou temperado.
Curiosidades: A espécie possui alto valor econômico, sua madeira é de excelente qualidade e os nós da madeira possuem grande poder calorifico. O pinhão é amplamente consumido pela população no sul do Brasil, e também importante fonte de alimento para fauna, sendo muito nutritivo e energético.
Grau de ameaça: Vulnerável (VU)
Uso medicinal: Alguns indígenas utilizam o fruto assado, como alimento. Na fabricação de farinha, costumam enterrar as pinhas em riachos rasos e sob água corrente, como forma de aumentar a sua durabilidade e evitar a brotação. Os pinhões são ricos em reservas energéticas (57% de amido) e em aminoácidos. Além disso, são eles que garantem a sobrevivência de várias espécies da fauna do Sul e Sudeste do Brasil, como roedores e aves. O pinhão combate azia e anemia e as folhas da árvore, cozidas, são usadas para combater tumores provocados por distúrbios linfáticos.
A Araucária é uma árvore perenifólia, de aspecto original e contrastante com as demais árvores do Sul do Brasil, atingindo excepcionalmente 50 m de altura e 250 cm ou mais de DAP, na idade adulta seu tronco é reto, colunar e quase cilíndrico os fustes podem chegar até 20 m ou mais de comprimento, a copa é alta, estratificada e múltipla, caliciforme ou em forma de taça, nas árvores mais velhas e cônica nas mais jovens, o caule possui casca grossa, nas árvores adultas (Castiglioni, 1975). Casca externa de cor marrom-arroxeada, persistente, áspera, rugosa, desprendendo-se em lâmina na parte superior do fuste. Folhas: simples, alternas, espiraladas, lineares a lanceoladas, coriáceas, com até 6 cm de comprimento por 10 mm de largura.
Fonte: LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 352 p.
https://www.ufrgs.br/viveiroscomunitarios/araucaria-angustifolia-pinheiro-brasileiro/
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/304455/1/CT0060.pdf